quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Earth's Motion

E agora um daqueles vídeos dos quais gosto muito - e só para que saibam existem duas categorias de vídeos dos quais gosto muito: ou é um daqueles educativos que explicam coisas altamente pseudo-intelectuais que nem eu percebo muito bem mas fazem-me bem ao ego; ou então não têm nada de jeito. Adivinhem a qual este pertence:

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Phyrne

Phryne had talents for mankind,
Open she was, and unconfin'd,
Like some free port of trade:
Merchants unloaded here their freight,
And Agents from each foreign state,
Here first their entry made.

Her learning and good breeding such,
Whether th' Italian or the Dutch,
Spaniards or French came to her:
To all obliging she'd appear:

'Twas
Si Signior,
'twas
Yaw Mynheer
'Twas
S'il vous plaist, Monsieur.

Obscure by birth, renown'd by crimes,
Still changing names, religions, climes,
At length she turns a Bride:
In di'monds, pearls, and rich brocades,
She shines the first of batter'd jades,
And flutters in her pride.

So have I known those Insects fair
(Which curious Germans hold so rare)
Still vary shapes and dyes;
Still gain new Titles with new forms;
First grubs obscene, then wriggling worms,
Then painted butterflies.

Alexander Pope

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Celestial Sphere

Estou a tirar um curso de Astronomia on-line. É verdade... Na realidade queria tirar um sobre Sustentabilidade, mas como esse só começa em Janeiro e o de Astronomia começava já em Novembro, pensei, "Eh... Deixa lá experimentar." Começo já por dizer que não percebo nada de Astronomia: sei aquelas coisas mais simples tais como, como funcionam os eclipses, as estações, sei porque é que a Lua nos mostra sempre a mesma face, porque é que há marés, sei onde está Júpiter no céu, mas a única constelação que consigo reconhecer é mesmo Oríon, porque tem aquelas três estrelinhas ali em série que fazem a cintura; sei que as órbitas são elípticas e não circulares, que a Terra não é plana e que roda em torno do Sol - o que já não mau. Mas voltando ao curso de Astronomia, atrofia-me particularmente aquele modelo de esfera celeste que é suposto rodar em torno da Terra, e que é usado para facilitar os cálculos. Percebi bem, certo? Não estou a mandar bacoradas? Se estiver, corrijam-me. Porque realmente, por vezes sinto-me como se todos os meus conceitos anteriores tivessem sido virados ao contrário, como uma pessoa da Antiguidade a quem sempre foi dito que a Terra era o centro do Universo, até que chegou um gajo qualquer que chegou e afirmou, "Hmm... Olhe que não..." E depois há aquele problema eterno que, mesmo neste nosso século, certas pessoas ainda têm com a Astronomia. Ao contar que estava a tirar este curso a uma rapariga minha conhecida, ela responde-me, "Ah, pois... A namorada do meu pai também está a tirar uma coisa dessas. Ainda no outro dia queria fazer a minha Carta Astral." Eh pá, fiquei calada. Porque se há coisa que me horroriza é corrigir pessoas que dão este tipo de gaffe. Portanto dei um estalo mental a mim própria, e como quem não quer a coisa, e tipicamente armada em porca, respondi, "Pois, sabes que estas coisas são lixadas, porque a Terra abana um bocado enquanto gira em volta do seu próprio eixo, o que quer dizer que a estrela polar vai variando ao longo de milhares de anos, o que quer dizer que hoje em dia os signos do zodíaco estão para aí um mês adiantados." E depois tive que lhe fazer uma massagem cardíaca... Não, estou a gozar: ela só ficou a espumar um bocado da boca... Ficou lixada - e eu feliz com isso. Não me intrepretem mal: a mim não me irrita nada que as pessoas não saibam certas coisas - eu própria assumi que não percebo nada de Astronomia - porque realmente não percebo. Mas sim, fico triste quando rapazes e raparigas da minha idade - ou mais novos - ou mais velhos - não sabem e não querem saber coisas como a diferença entre Astronomia e Astrologia. E depois acontecem coisas como rapazes de catorze anos dizerem-nos, "Ah, e tal... Eu não sei as fases da Lua, porque nunca olhei para ela." O que também já me aconteceu. 

celestial spheres
Celestial Spheres by Paul Marsden
(http://flic.kr/p/8wprtb)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Género

Tinha um problema quando era míuda (na realidade tinha vários, mas como já vos peguei a bactéria de não lerem o que está entre parênteses nunca saberão este facto...): quando era míuda - e quando digo míuda refiro-me a quatro, cinco anos - achava que o sexo de um tipo de animal era definido pelo género da palavra que lhe servia de nome. Exemplo: Baleia - só poderia haver baleias fémeas, não baleias machos; Outro exemplo: Lobo - os lobos seriam, obviamente, todos machos. Pois é, triste... Mas têm de dar o desconto de uma criança de cinco anos ainda não saber muito bem de onde aparecem os bebés. Lembro-me realmente que nunca me impingiram a história da cegonha, e de não ficar minimamente chocada quando finalmente aprendi estas grandes lições de vida nas aulas de ciências. Mas enfim, era assim que as coisas funcionavam na minha ingénua cachola.
 
Whale Wolf by David Kantrowitz (davidkantrowitz.blogspot.com)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desculpas

Pedindo desculpas aqui pela pausa forçada de alguns dias, mas a verdade é que me perdi entre a vontade de escrever sobre a minha tendência a ignorar tudo o que está escrito entre parênteses (pois...) e a minha adoração por viajar de carro sozinha, só eu e o som dos pneus a rolar na estrada, e a bela da musiquinha no rádio, só eu e o nada, porque enquanto ando de carro penso mesmo em nada. E depois houve o trabalho excessivo, e pior que tudo, uma (puta...) de uma dor nos meio das costas que me teria certamente deixado paralisada se não tivesse tido mesmo que me mexer com ela ou não. Pois, eu sei, bué foleiro... E reparem que resolvi usar a expressão "bué", porque a) infelizmente já se encontra no dicionário da língua portuguesa; e b) recuso-me pura e simplesmente a soar erudita e acredito que empregar a palavra "bué" de vez em quando parece-me meio caminho andado para lá chegar. Feitas as desculpas (que são sempre uma boa merda, que nunca se devem fazer, e que na realidade não fazem sentido nenhum porque não me sinto mesmo nada culpada...) até daqui a um ou dois dias, boa gente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Premonition

Esta é, porque alguma razão que desconheço, a minha passagem favorita de todos os tempos:
 
"Stephen made no reply: he pushed his horse on faster and faster over the bare down, sitting forward with a set, urgent expression on his face, as though he were making an escape; and so they cantered and galloped over the firm turf until they came to the brow of Portsdown Hill, where Stephen reined in for the steep descent. They stood for a while, surrounded by the smell of hot horse and leather, looking down at the vast sweep of the harbour, Spithead, the Island, and the Channel beyond: men-of-war at their moorings, men-of-war moving in and out, a huge convoy tiding it down off Selsey Bill.
They smiled at one another, and Jack had a premonition that Stephen was about to say something of great importance: a false premonition. Stephen spoke only to remind him that Sophie had desired them to pick up some fish at Holland's, and to add three dabs for the children."
 
Patrick O'Brian, Desolation Island

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ansiedade

Não é giro quando temos um ataque de ansiedade quando estamos a conduzir? Normalmente tinha-os a meio do sono, agora dá-me destas coisas no metropolitano - porque sou meio claustrofóbica - ou em cima de pontes - porque... não sei porquê sinceramente, nunca tive medo de alturas na vida e continuo a não ter. Mas dá-me, como se o metro e uma ponte fosse uma espécie de trigger mechanism. Mas o último, só para variar, deu-me mesmo parada nuns sinais relativamente perto da minha casa: comecei a levar com o sol de chapa na cara, os meus olhos revoltaram-se contra toda aquela luz, o meu corpo contra o calor, e truca: toma lá um ataque de ansiedade para te animar o dia. O meu primeiro instinto foi obviamente sair a fugir do carro, correr na realidade para um carro da polícia que estava parado nos mesmos sinais, mas no sentido contrário. E depois ri-me e achei ridículo, porque provavelmente os senhores polícias só me levariam mesmo presa. E depois o sinal passou a verde e continuei a conduzir, e a dizer bem alto aquilo que um dos meus irmãos me ensinou, "Não vou morrer, não vou morrer, não vou morrer!" O problema é que isto nunca resulta porque nunca penso que vou morrer para começar. Então fui guiando até ao meu destino, cara, pés e mãos dormentes, a cantar, a tentar enganar o meu cérebro para que ele pensasse que eu estava feliz. Mas o filho da mãe estava mais inteligente do que é normal, e só me largou mesmo quando estacionei o carro e saí cá para fora para apanhar ar. Olhei em volta, vi uma decrépita estação dos bombeiros que parecia ter saído de uma das minhas histórias manhosas policiais, e sorri. Esmaguei a ansiedade, e voltei a sentir novamente. E agora preparo-me mentalmente para a próxima vez que me der um ataque destes, porque é certo e sabido que não deixarei de conduzir, passar pontes ou andar de metro por causa disto. É que não faltava mais nada.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Passado, Presente, Futuro

Imagino o Passado a preto-e-branco ou em cores pastel - sou pura e simplesmente incapaz de o imaginar em Full HD ou com as cores normais de quem anda na rua e vê, e sente, e passa pelas coisas. Culpo as malfadadas fotografias antigas que tenho em casa, os filmes clássicos que vi quando era míuda, e mais especialmente as sessões de Twilight Zone que me prendiam durante horas à televisão quando já tinha saído há muito da adolescência. Na infância eram os desenhos animados: todos o meus pensamentos eram na forma animada, tinham a cara dos imensos bonecos que via ao fim-de-semana logo pela manhã. A minha família queixava-se que eu não tinha problema nenhum em levantar-me para ver bonecada, mas quando era para ir para a escola era um castigo: e eu sempre achei que estavam a confundir-me com outra pessoa, porque levantar-me de manhã nunca me causou problema nenhum. Suponho que fossem aquelas coisas que todos dizem só porque não têm nada para dizer, e nada mais. Mas sou incapaz de ver o Passado a cores: na minha cabeça, todo ele é velho, cheira a mofo, e provavelemente, isso nunca irá mudar. Fico então à espera do dia em que começarei a ver o Futuro em 3D, já que o Presente é suficientemente colorido. Fico à espera senhores, aqui esperarei.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Diospiro

A primeira vez na vida que como um diospiro maduro (costumo comer dos pequenitos e ainda rigitos) e quase que vou ao gregório: literalmente. Que coisa mais enjoativa, senhores. Posso dizer certamente, que não volto a comer.

domingo, 21 de outubro de 2012

Lord Nelson

 

“Well, it ripped through my shoulder, passed through my chest and then lodged itself somewhere in my spine. If you ask me, the whole thing’s a darn inconvenience.”
~ Lord Nelson


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

K.O.

Sabem aquelas cenas nos filmes em que há alguém a ser operado e há uma data de gente à espera numa sala de hospital a pensar se vai morrer, se não vai morrer, que não podem ir à casa de banho porque o senhor doutor pode aparecer nesse preciso momento? Essa é a sensação que eu tenho cada vez que aparecem mensagens no meu computador a dizer, "Isto pode demorar vários minutos".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Desabafo

Estava no outro dia a ver uma série de televisão onde dois polícias eram obrigados a comparecer a sessões de terapia: um deles queixava-se que o outro passava a vida a perder agrafadores que pedia emprestados, e ainda foi, obviamente, acusado de ser mesquinho pelas outras pessoas do grupo. Tive pena do rapaz... Vocês fazem ideia do que é viver com pessoas que passam a vida a perder coisas? Porque eu sei, porque lido com situações destas, duas, senão três vezes por semana. Porque feitas as contas já devo ter desperdiçado um bom quarto de vida à procura de coisas que não me pertencem. Porque podem acreditar que as que me pertencem e empresto, são perdidas fora de casa, e nunca mais as vejo. E depois não há consciência que me valha, porque quem perde não quer saber, e se quiser ter as coisas de volta ainda tenho que ir comprar igual. E depois se reclamo que me perderam as coisas, ainda ficam zangados comigo, porque aparentemente ainda sou má por querer tê-las de volta. E basicamente, toda esta cena desta série de televisão me deu vontade de mandar algumas pessoas que conheço à merda. E, provavelmente, é por isso que não vejo muita televisão.
 

domingo, 14 de outubro de 2012

Lava

Se alguma vez se encontrarem perante uma coisa destas... ponham lá o dedo. Vá lá, vocês sabem que querem.

Lava flow
Picture by Geir Sigurðsson

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mixórdia

Sabem aqueles sonhos em que uma pessoa confunde tudo? Exemplo: ainda na outra noite estava a sonhar com uma pessoa que conheci no Secundário, mas estávamos a falar na minha escola do Básico, acreditando que aquilo era a Faculdade. Escusado será dizer que acordei com a cabeça feita em água.

The Clockwork Universe

Uns dos meus hobbies é obviamente ler e de vez em quando descubro pérolas destas: The Clockwork Universe, de Edward Dolnick, faz-nos regressar ao passado, a um mundo no século XVII, crivado de lixo, doença e superstições. Curiosamente é neste berço que nasce a Royal Society, uma Instituição Científica, que ao tentar explicar os trabalhos de Deus por processos estranhos e por vezes ridículos, acaba por mudar o mundo. Passando pelas vidas de Galileu, Tycho Brahe, Kepler, Newton e Leibniz, os seus gostos, defeitos, virtudes, as suas rivalidades, o livro conta-nos do nascimento do Cálculo e das Leis do Movimento no nosso Universo. Não sei se há versão em Português, mas a versão original está escrita num Inglês muito acessível, para além de ser barata. Se gostam deste tipo de livro, vale a pena darem uma olhada.
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dedo

Ontem mostrei o dedo a umas garotas. Deixei o carro emprestado ir abaixo nos sinais luminosos (sim, porque o meu continua na oficina), e não estando ainda habituada à sensibilidade destes carrinhos novos que há agora, todos xpto, aquela trampa começou aos soluços quando virei a chave da primeira vez. Resultado: um bando de míudas de quinze ou dezasseis anos que não conhecia de lado nenhum, que estavam em bando junto ao semáforo só por estarem, desataram a rir na minha cara. Consequência: pus o carro a trabalhar, e fui-me embora a mostrar-lhes o dedo, que elas olharam entre surpreendidas e escandalizadas, bocas abertas que deviam fechar, não fosse entrar-lhes uma varejeira pelas goelas. Foi obviamente um acto do momento. Foi obviamente irracional e uma daquelas coisas que nunca tinha feito a ninguém porque não gosto que me façam a mim - eu sou muito sensível nessas coisas... Lamento imenso, não me orgulho do que fiz, principalmente tendo como cobaias adolescentes histéricas. Por isso, onde quer que estejam, peço-vos imensa desculpa jovens inconsequentes, por vos ter mostrado o dedo, quando se riram que nem Saguis quando deixei ir o meu carro emprestado abaixo. 

sábado, 6 de outubro de 2012

Peixinho

Não, não é o jogo... Tive um peixe dourado que durou dez anos. E agora, especialmente para os meus amigos que gozavam comigo quando dizia que o peixe me reconhecia: tomem e embrulhem! Seus grandessíssimos filhos da... mé...
 
"Goldfish have strong associative learning abilities, as well as social learning skills. In addition, their visual acuity allows them to distinguish between individual humans. Owners may notice that fish react favorably to them (swimming to the front of the glass, swimming rapidly around the tank, and going to the surface mouthing for food) while hiding when other people approach the tank. Over time, goldfish learn to associate their owners and other humans with food, often 'begging' for food whenever their owners approach."

Bewilderment by Benson Kua

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Homens

Sou contra a Anatomia de Grey: o que quer dizer que não suporto séries de televisão que são supostamente feitas para agradar o sexo feminino. E sinceramente odeio quando raparigas que conheço me acusam de "não ser mulher" só porque não gosto de ver essas bichezas televisivas. Não, não gosto das Donas de Casa Desesperadas, nem do Sexo e a Cidade, nem de filmezinhos sobre dancinhas foleiras, como aqueles que dão aos fins-de-semana à tarde na TVI. Sou mulher e gosto de ver documentários sobre ciência e tudo o mais que aparecer à frente. Sou mulher e gosto de ver séries policiais e ficção científica, fantasia e realistas,  especialmente se tiverem boas personagens. Gosto de séries sobre homens, quanto mais homens melhor. E para mim isto faz todo o sentido, porque sendo heterossexual, agrada-me muito mais ver homens que mulheres. Mas mais que tudo, adoro perceber a mente masculina e ouvir homens a conversar, e passar tempo com eles, e perceber que não são assim tão diferentes das mulheres. Que sim, alguns são sacanas , mas mulheres sacanas também não faltam por aí. Sou então ao contrário? Não sou mulher por não gostar de certos programas de televisão ou filmes? Não sou de estereótipos, isso sim. E tenho orgulho nisso.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Red

Photography by Sam Dobson

A lake in Camargue in southern France has been the source of recent amazement, its once blue waters suddenly turning a shocking shade of blood red. This incredible natural phenomenon, as breathtakingly strange and beautiful as the effects of the aurora borealis, is the result of the lake’s high salt content – it is one of many salt flats in France’s delta region where the Rhône meets the sea. Not only has the lake taken on the hue of a strawberry slushie, but an abundance of salt crystal formations (icicle-like in appearance) have also emerged across its surface, attaching themselves to surrounding plants and rocks. The occurrence has been documented in a set of extraordinary images by Russian photgrapher Sam Dobson, who happened to be passing the lake in his car and described its appearance as “something extra-terrestrial.”

domingo, 30 de setembro de 2012

Roshambo

Estou aqui a puxar pela cabeça: como se chama aquela coisa de trocarmos a letra das músicas? É que estava a ouvir a nova Flesh and Bone dos Killers e só ouvia Roshambo, Roshambo! Somos feitos de Papéis, Pedras e Tesouras... Bonito. Mas não faz lá muito sentido.

sábado, 29 de setembro de 2012

Horóscopo

"Previsão para esta semana: cuidado com as quedas..." Obrigado! Agora que li o meu horóscopo tenho a certeza que muito provavelmente vai acontecer, porque vou passar uma boa parte do tempo a olhar para o chão. E nem sequer acredito nestas patacoadas, mas é o que acontece quando as lemos. E o Universo bem sabe que não preciso de torcer um pé mais uma vez, porque já lá vão quantas vezes? Para aí umas duas ou três por ano desde que fiz seis primaveras. E só quero acabar reforçando que não, não acredito, mas que lá dou bom nome ao meu signo... Lá isso dou.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arqui-Inimigo

Man, hoje o dia está chato que se farta: frio e escuro e a deixar-me os pés gelados. E voltei a ver o rapaz do crachá no autocarro - trampa, que nunca mais tenho o carro arranjado. Mas voltando à dita criatura: Meu rapaz! Estás quase, quase, a entrar no meu Corredor da Fama! Juntamente com aquele senhor que uma vez me contou histórias de África, o outro que era stalker mas tinha boas piadas, e a mulher que tinha um perpétuo ar de indignada - acho que nunca falei sobre esta a ninguém, só a cravei na minha mente. Ou então enganei-me - se calhar estás só prestes a tornar-te no meu arqui-inimigo, porque hoje estou com vontade de assumir que estou a viver numa banda desenhada. Seja como for, estejas onde estiveres, ouve o meu apelo rapaz do crachá: pára de aparecer à minha frente, caraças!
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

You See Us As You Want to See Us

"Dear Mr. Vernon, we accept the fact that we had to sacrifice a whole Saturday in detention for whatever it was we did wrong. What we did was wrong. But we think you're crazy to make us write an essay telling you who we think we are. You see us as you want to see us… In the simplest terms, in the most convenient definitions. But what we found out is that each one of us is a brain… and an athlete… a basket case… a princess… and a criminal. Does that answer your question? Sincerely yours, the Breakfast Club."


Don´t judge me: hoje foi dia de rever um clássico. Se nunca viram o Breakfast Club, shame on you.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hoje

Hoje perdi um amigo: um gatinho, lindo, preto e branco de uma forma muito especial, como se tivesse vestido um smoking: chamava-lhe Rico por causa disso. Nasceu aqui no parque, conheci-o desde pequenino, dava-lhe comida e bebida, e o que ele mais gostava: carinho. Deitava-se no meu colo apesar de ser bravo e ronronava quando lhe fazia festas. Não era o "meu gato", mas de certa forma também era meu. Mas também era gato, e os gatos não foram feitos para estarem parados: assim que cresceu desapareceu da minha rua, voltando ocasionalmente quando a fome era muita ou ficava ferido em alguma luta. Durante seis anos nunca se esqueceu de mim: saltava-me para o colo sempre que me via. Há uns meses atrás apareceu para ficar de vez, doente e magrinho. Hoje acordei bem cedo com ele a miar junto à minha janela. Saí, dei-lhe comida e bebida, que ele prontamente recusou. Miou até eu lhe fazer festas, e depois de uns alguns segundos foi-se embora pelo parque, velhinho de mais para os poucos seis anos que tinha. Já não voltou mais, e senti no meu ser que esta tinha sido a despedida. Não o vi morrer, mas sei que assim foi. Os gatos são simpáticos, pressentem a morte e desaparecem para um sítio confortável para que não os tenhamos que os ver partir. Vou sentir a falta do Rico, um gatito que apesar de ser meu, nunca o chegou a ser.

Choking Hazard

Aparentemente se comprarmos uma figura de acção do Legolas (sim, aquele tipo das setas do Senhor dos Anéis...) corremos o risco de nos engasgarmos... Eh pá, acredito! E nem sequer penso que tenha a ver com as pequenas armas que vêm com o boneco. Ou pelo menos não pensaria, se o boneco fosse mais parecido com o original.

Bólide

red car
red car by sidewaysglances on Flickr.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Escrever

Sabem aquelas pessoas que vemos uma vez nos transportes públicos e causam impressão? Imaginem um rapaz franzino, alto, cabelo grande encaracolado, puxado para trás com gel ou brilhantina - sei lá eu -, fatinho preto, crachá na lapela do casaco, sapatos que fazem barulho a mais para serem de homem, mas que o fazem de qualquer maneira. O rapaz avança no corredor do autocarro, direitinho, queixo lá bem no alto, olhos a olharem por cima dos óculos. Trás uma caneta e uma enorme agenda já bastante gasta debaixo do braço. O rapaz senta-se, olha para a rapariga sentada à sua frente e desata a tirar notas. Olha outra vez e escrevinha mais um bocado. E eu olho e imagino, e noto que quando acabado de escrever, o rapaz pousa a agenda no colo e une as pontas dos dedos como aquele tipo dos desenhos animados do Inspector Gadget que tem um gato, calça luvas, mas que nunca nos mostra a cara. Eu olho, e penso, e tiro apontamentos mentais sobre este rapaz, imaginando que tenho que usar a sua imagem em qualquer lugar, em alguma página, em alguma história que decida escrever. Porque escrever define-me, e é normalmente quando encontro pessoas bizarras pelo caminho, que me lembro que isso não é só fruto da minha imaginação ou um hobbie que de tão bom quase se torna obsceno. Escrever é, para mim, um facto.

A Vapor

Gosto de Steampunk Zeppelins... Quem não gosta?

Sudokus

Armei-me em esperta. Comprei Sudokus de nível superior e agora estou encalhada, os sacanas andam a dar-me volta à carola e não consigo chegar à solução. Mas sou persistente: sempre fui. Posso não ser nas coisas importantes, nas que devia ser, mas certas coisas fazem-me ser teimosa ao ponto de não conseguir desistir. É um acto reflexo, nada intuitivo. É fazer só por fazer, só porque tenho que provar a mim mesma, ou a quem mais quiser ver, que hei-de lá chegar. E depois existem as outras coisas, as supostamente melhores, aquelas em que não deveria pousar os braços, mas pouso mesmo assim. Porque estou cansada, ou dormente, ou porque pura e simplesmente já não me apetece. Houve momentos em que desisti de ser casmurra, pousei os braços e não tentei mais. Reconheci que me tinham levado a melhor e que havia que aceitar. Há dias em que fico desiludida comigo mesma por ter desistido. Há outros em que dou graças aos céus.

domingo, 23 de setembro de 2012

Woody Allen

Vou a caminho para ver o novo do Woody Allen e desgraçado do bólide começa a aquecer que nem esófago depois de um golinho de vodka. Encho-o de água, volto para trás, e agora é vê-lo a verter o resto que não conseguiu verter na viagem para casa. Belo filme que me aconteceu.

Como Escrever Com Raiva

Sou contra merdas. Não, a sério: sou contra supremacistas, e criaturas que não fazem reciclagem, e pessoas que gostam mais de ladrões que de polícias, e o uso excessivo de Caps Lock e pontos de exclamação. Porquê tanto ponto de exclamação? Porquê, minha gente? E os éle-ó-éles em cadeia que não acabam e que pontificam cada frasezinha? Docinhos, se o põem a seguir de cada frase que escrevem significa que estão a achar imensa piada a vós próprios e isso não bonito. Principalmente se não tiverem piada. E vêem? Assim se escreve com raiva.

sábado, 22 de setembro de 2012

Problemas

Tenho este problema: uso lentes de contacto. E invariavelmente quando estou a tirar as ditas cujas, dou uma sapatada sem querer no porta-lentes (que eu normalmente chamo de coiso) e fico com uma lente na mão e um recipiente sem líquido onde a espetar. E eu sei que para quem não usa lentes isto pode parecer exagerado, mas a verdade é que estas têm que estar continuamente hidratadas senão ficam rijas que nem tijelas de PVC. E basicamente é este o meu problema: aqueles segundinhos em que tenho que ir a correr buscar o líquido, com medo que a minha lente enrijeça. Que nem sequer deve ser uma conjugação certa de um verbo que eu quase desconheço. E já agora, tenho outro problema: doiem-me as orelhas quando tiro os brincos. E invariavelmente a coisa-- Fico por aqui.

Queixa Não Oficial

Sou só eu ou este Blogger foi de mal a pior? Uma pessoa passa uns anos fora destas andanças e deixa de conseguir encontrar seja o que for. Onde andam os templates que tinha que fazer, à la pata, com HTML? Onde está o desafio constante que sentia cada vez que tinha que mudar a hora no meu adorado relógio digital (estou a falar do meu velho blog...)? A sério, porque nos facilitam a vida assim sem pedirmos nada? Raios partam esta gente, pá!

Prólogo

Vamos começar isto? Okay, tudo bem: Terra Firma, expressão latina bonita que significa Terra Sólida, forma mais ou menos interessante de distinguir a Terra do Mar e do Ar. Portanto não, não me enganei a escrever o título do blog; e sim, tendo em conta que usei latim, suponho que tentei ser um pouco snob. Não que o faça muita vez na vida. Vida essa vivida numa Terra Firma onde andamos, onde somos feitos de estrelas, como Carl Sagan dizia, e fluídos, e... coisas ainda mais manhosas. Andem por aí boa gente! Pés assentes na terra, cabeça no ar.