domingo, 30 de setembro de 2012

Roshambo

Estou aqui a puxar pela cabeça: como se chama aquela coisa de trocarmos a letra das músicas? É que estava a ouvir a nova Flesh and Bone dos Killers e só ouvia Roshambo, Roshambo! Somos feitos de Papéis, Pedras e Tesouras... Bonito. Mas não faz lá muito sentido.

sábado, 29 de setembro de 2012

Horóscopo

"Previsão para esta semana: cuidado com as quedas..." Obrigado! Agora que li o meu horóscopo tenho a certeza que muito provavelmente vai acontecer, porque vou passar uma boa parte do tempo a olhar para o chão. E nem sequer acredito nestas patacoadas, mas é o que acontece quando as lemos. E o Universo bem sabe que não preciso de torcer um pé mais uma vez, porque já lá vão quantas vezes? Para aí umas duas ou três por ano desde que fiz seis primaveras. E só quero acabar reforçando que não, não acredito, mas que lá dou bom nome ao meu signo... Lá isso dou.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arqui-Inimigo

Man, hoje o dia está chato que se farta: frio e escuro e a deixar-me os pés gelados. E voltei a ver o rapaz do crachá no autocarro - trampa, que nunca mais tenho o carro arranjado. Mas voltando à dita criatura: Meu rapaz! Estás quase, quase, a entrar no meu Corredor da Fama! Juntamente com aquele senhor que uma vez me contou histórias de África, o outro que era stalker mas tinha boas piadas, e a mulher que tinha um perpétuo ar de indignada - acho que nunca falei sobre esta a ninguém, só a cravei na minha mente. Ou então enganei-me - se calhar estás só prestes a tornar-te no meu arqui-inimigo, porque hoje estou com vontade de assumir que estou a viver numa banda desenhada. Seja como for, estejas onde estiveres, ouve o meu apelo rapaz do crachá: pára de aparecer à minha frente, caraças!
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

You See Us As You Want to See Us

"Dear Mr. Vernon, we accept the fact that we had to sacrifice a whole Saturday in detention for whatever it was we did wrong. What we did was wrong. But we think you're crazy to make us write an essay telling you who we think we are. You see us as you want to see us… In the simplest terms, in the most convenient definitions. But what we found out is that each one of us is a brain… and an athlete… a basket case… a princess… and a criminal. Does that answer your question? Sincerely yours, the Breakfast Club."


Don´t judge me: hoje foi dia de rever um clássico. Se nunca viram o Breakfast Club, shame on you.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hoje

Hoje perdi um amigo: um gatinho, lindo, preto e branco de uma forma muito especial, como se tivesse vestido um smoking: chamava-lhe Rico por causa disso. Nasceu aqui no parque, conheci-o desde pequenino, dava-lhe comida e bebida, e o que ele mais gostava: carinho. Deitava-se no meu colo apesar de ser bravo e ronronava quando lhe fazia festas. Não era o "meu gato", mas de certa forma também era meu. Mas também era gato, e os gatos não foram feitos para estarem parados: assim que cresceu desapareceu da minha rua, voltando ocasionalmente quando a fome era muita ou ficava ferido em alguma luta. Durante seis anos nunca se esqueceu de mim: saltava-me para o colo sempre que me via. Há uns meses atrás apareceu para ficar de vez, doente e magrinho. Hoje acordei bem cedo com ele a miar junto à minha janela. Saí, dei-lhe comida e bebida, que ele prontamente recusou. Miou até eu lhe fazer festas, e depois de uns alguns segundos foi-se embora pelo parque, velhinho de mais para os poucos seis anos que tinha. Já não voltou mais, e senti no meu ser que esta tinha sido a despedida. Não o vi morrer, mas sei que assim foi. Os gatos são simpáticos, pressentem a morte e desaparecem para um sítio confortável para que não os tenhamos que os ver partir. Vou sentir a falta do Rico, um gatito que apesar de ser meu, nunca o chegou a ser.

Choking Hazard

Aparentemente se comprarmos uma figura de acção do Legolas (sim, aquele tipo das setas do Senhor dos Anéis...) corremos o risco de nos engasgarmos... Eh pá, acredito! E nem sequer penso que tenha a ver com as pequenas armas que vêm com o boneco. Ou pelo menos não pensaria, se o boneco fosse mais parecido com o original.

Bólide

red car
red car by sidewaysglances on Flickr.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Escrever

Sabem aquelas pessoas que vemos uma vez nos transportes públicos e causam impressão? Imaginem um rapaz franzino, alto, cabelo grande encaracolado, puxado para trás com gel ou brilhantina - sei lá eu -, fatinho preto, crachá na lapela do casaco, sapatos que fazem barulho a mais para serem de homem, mas que o fazem de qualquer maneira. O rapaz avança no corredor do autocarro, direitinho, queixo lá bem no alto, olhos a olharem por cima dos óculos. Trás uma caneta e uma enorme agenda já bastante gasta debaixo do braço. O rapaz senta-se, olha para a rapariga sentada à sua frente e desata a tirar notas. Olha outra vez e escrevinha mais um bocado. E eu olho e imagino, e noto que quando acabado de escrever, o rapaz pousa a agenda no colo e une as pontas dos dedos como aquele tipo dos desenhos animados do Inspector Gadget que tem um gato, calça luvas, mas que nunca nos mostra a cara. Eu olho, e penso, e tiro apontamentos mentais sobre este rapaz, imaginando que tenho que usar a sua imagem em qualquer lugar, em alguma página, em alguma história que decida escrever. Porque escrever define-me, e é normalmente quando encontro pessoas bizarras pelo caminho, que me lembro que isso não é só fruto da minha imaginação ou um hobbie que de tão bom quase se torna obsceno. Escrever é, para mim, um facto.

A Vapor

Gosto de Steampunk Zeppelins... Quem não gosta?

Sudokus

Armei-me em esperta. Comprei Sudokus de nível superior e agora estou encalhada, os sacanas andam a dar-me volta à carola e não consigo chegar à solução. Mas sou persistente: sempre fui. Posso não ser nas coisas importantes, nas que devia ser, mas certas coisas fazem-me ser teimosa ao ponto de não conseguir desistir. É um acto reflexo, nada intuitivo. É fazer só por fazer, só porque tenho que provar a mim mesma, ou a quem mais quiser ver, que hei-de lá chegar. E depois existem as outras coisas, as supostamente melhores, aquelas em que não deveria pousar os braços, mas pouso mesmo assim. Porque estou cansada, ou dormente, ou porque pura e simplesmente já não me apetece. Houve momentos em que desisti de ser casmurra, pousei os braços e não tentei mais. Reconheci que me tinham levado a melhor e que havia que aceitar. Há dias em que fico desiludida comigo mesma por ter desistido. Há outros em que dou graças aos céus.

domingo, 23 de setembro de 2012

Woody Allen

Vou a caminho para ver o novo do Woody Allen e desgraçado do bólide começa a aquecer que nem esófago depois de um golinho de vodka. Encho-o de água, volto para trás, e agora é vê-lo a verter o resto que não conseguiu verter na viagem para casa. Belo filme que me aconteceu.

Como Escrever Com Raiva

Sou contra merdas. Não, a sério: sou contra supremacistas, e criaturas que não fazem reciclagem, e pessoas que gostam mais de ladrões que de polícias, e o uso excessivo de Caps Lock e pontos de exclamação. Porquê tanto ponto de exclamação? Porquê, minha gente? E os éle-ó-éles em cadeia que não acabam e que pontificam cada frasezinha? Docinhos, se o põem a seguir de cada frase que escrevem significa que estão a achar imensa piada a vós próprios e isso não bonito. Principalmente se não tiverem piada. E vêem? Assim se escreve com raiva.

sábado, 22 de setembro de 2012

Problemas

Tenho este problema: uso lentes de contacto. E invariavelmente quando estou a tirar as ditas cujas, dou uma sapatada sem querer no porta-lentes (que eu normalmente chamo de coiso) e fico com uma lente na mão e um recipiente sem líquido onde a espetar. E eu sei que para quem não usa lentes isto pode parecer exagerado, mas a verdade é que estas têm que estar continuamente hidratadas senão ficam rijas que nem tijelas de PVC. E basicamente é este o meu problema: aqueles segundinhos em que tenho que ir a correr buscar o líquido, com medo que a minha lente enrijeça. Que nem sequer deve ser uma conjugação certa de um verbo que eu quase desconheço. E já agora, tenho outro problema: doiem-me as orelhas quando tiro os brincos. E invariavelmente a coisa-- Fico por aqui.

Queixa Não Oficial

Sou só eu ou este Blogger foi de mal a pior? Uma pessoa passa uns anos fora destas andanças e deixa de conseguir encontrar seja o que for. Onde andam os templates que tinha que fazer, à la pata, com HTML? Onde está o desafio constante que sentia cada vez que tinha que mudar a hora no meu adorado relógio digital (estou a falar do meu velho blog...)? A sério, porque nos facilitam a vida assim sem pedirmos nada? Raios partam esta gente, pá!

Prólogo

Vamos começar isto? Okay, tudo bem: Terra Firma, expressão latina bonita que significa Terra Sólida, forma mais ou menos interessante de distinguir a Terra do Mar e do Ar. Portanto não, não me enganei a escrever o título do blog; e sim, tendo em conta que usei latim, suponho que tentei ser um pouco snob. Não que o faça muita vez na vida. Vida essa vivida numa Terra Firma onde andamos, onde somos feitos de estrelas, como Carl Sagan dizia, e fluídos, e... coisas ainda mais manhosas. Andem por aí boa gente! Pés assentes na terra, cabeça no ar.