domingo, 20 de janeiro de 2013

Treron Vernans

Props, people! Tenho andado com uma distensão no pescoço (imaginem um tornozelo torcido, mas logo abaixo da cabeça): porque isso é o tipo de coisa que acontece quando decidimos ir nadar com um torcicolo. Enfim... Basicamente passar muito tempo ao computador tem-se tornado uma tortura daí ter andado afastada nas últimas semanas. Anyway... Fiquem aqui com uma ave magnífica que parece ter saído dos anos 80. A mim, animou-me que se farta.

Pink-necked Green-pigeon Male BP_29012012_001
Pink-necked Green-pigeon by Chong Lip Mun 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Earth's Motion

E agora um daqueles vídeos dos quais gosto muito - e só para que saibam existem duas categorias de vídeos dos quais gosto muito: ou é um daqueles educativos que explicam coisas altamente pseudo-intelectuais que nem eu percebo muito bem mas fazem-me bem ao ego; ou então não têm nada de jeito. Adivinhem a qual este pertence:

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Phyrne

Phryne had talents for mankind,
Open she was, and unconfin'd,
Like some free port of trade:
Merchants unloaded here their freight,
And Agents from each foreign state,
Here first their entry made.

Her learning and good breeding such,
Whether th' Italian or the Dutch,
Spaniards or French came to her:
To all obliging she'd appear:

'Twas
Si Signior,
'twas
Yaw Mynheer
'Twas
S'il vous plaist, Monsieur.

Obscure by birth, renown'd by crimes,
Still changing names, religions, climes,
At length she turns a Bride:
In di'monds, pearls, and rich brocades,
She shines the first of batter'd jades,
And flutters in her pride.

So have I known those Insects fair
(Which curious Germans hold so rare)
Still vary shapes and dyes;
Still gain new Titles with new forms;
First grubs obscene, then wriggling worms,
Then painted butterflies.

Alexander Pope

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Celestial Sphere

Estou a tirar um curso de Astronomia on-line. É verdade... Na realidade queria tirar um sobre Sustentabilidade, mas como esse só começa em Janeiro e o de Astronomia começava já em Novembro, pensei, "Eh... Deixa lá experimentar." Começo já por dizer que não percebo nada de Astronomia: sei aquelas coisas mais simples tais como, como funcionam os eclipses, as estações, sei porque é que a Lua nos mostra sempre a mesma face, porque é que há marés, sei onde está Júpiter no céu, mas a única constelação que consigo reconhecer é mesmo Oríon, porque tem aquelas três estrelinhas ali em série que fazem a cintura; sei que as órbitas são elípticas e não circulares, que a Terra não é plana e que roda em torno do Sol - o que já não mau. Mas voltando ao curso de Astronomia, atrofia-me particularmente aquele modelo de esfera celeste que é suposto rodar em torno da Terra, e que é usado para facilitar os cálculos. Percebi bem, certo? Não estou a mandar bacoradas? Se estiver, corrijam-me. Porque realmente, por vezes sinto-me como se todos os meus conceitos anteriores tivessem sido virados ao contrário, como uma pessoa da Antiguidade a quem sempre foi dito que a Terra era o centro do Universo, até que chegou um gajo qualquer que chegou e afirmou, "Hmm... Olhe que não..." E depois há aquele problema eterno que, mesmo neste nosso século, certas pessoas ainda têm com a Astronomia. Ao contar que estava a tirar este curso a uma rapariga minha conhecida, ela responde-me, "Ah, pois... A namorada do meu pai também está a tirar uma coisa dessas. Ainda no outro dia queria fazer a minha Carta Astral." Eh pá, fiquei calada. Porque se há coisa que me horroriza é corrigir pessoas que dão este tipo de gaffe. Portanto dei um estalo mental a mim própria, e como quem não quer a coisa, e tipicamente armada em porca, respondi, "Pois, sabes que estas coisas são lixadas, porque a Terra abana um bocado enquanto gira em volta do seu próprio eixo, o que quer dizer que a estrela polar vai variando ao longo de milhares de anos, o que quer dizer que hoje em dia os signos do zodíaco estão para aí um mês adiantados." E depois tive que lhe fazer uma massagem cardíaca... Não, estou a gozar: ela só ficou a espumar um bocado da boca... Ficou lixada - e eu feliz com isso. Não me intrepretem mal: a mim não me irrita nada que as pessoas não saibam certas coisas - eu própria assumi que não percebo nada de Astronomia - porque realmente não percebo. Mas sim, fico triste quando rapazes e raparigas da minha idade - ou mais novos - ou mais velhos - não sabem e não querem saber coisas como a diferença entre Astronomia e Astrologia. E depois acontecem coisas como rapazes de catorze anos dizerem-nos, "Ah, e tal... Eu não sei as fases da Lua, porque nunca olhei para ela." O que também já me aconteceu. 

celestial spheres
Celestial Spheres by Paul Marsden
(http://flic.kr/p/8wprtb)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Género

Tinha um problema quando era míuda (na realidade tinha vários, mas como já vos peguei a bactéria de não lerem o que está entre parênteses nunca saberão este facto...): quando era míuda - e quando digo míuda refiro-me a quatro, cinco anos - achava que o sexo de um tipo de animal era definido pelo género da palavra que lhe servia de nome. Exemplo: Baleia - só poderia haver baleias fémeas, não baleias machos; Outro exemplo: Lobo - os lobos seriam, obviamente, todos machos. Pois é, triste... Mas têm de dar o desconto de uma criança de cinco anos ainda não saber muito bem de onde aparecem os bebés. Lembro-me realmente que nunca me impingiram a história da cegonha, e de não ficar minimamente chocada quando finalmente aprendi estas grandes lições de vida nas aulas de ciências. Mas enfim, era assim que as coisas funcionavam na minha ingénua cachola.
 
Whale Wolf by David Kantrowitz (davidkantrowitz.blogspot.com)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desculpas

Pedindo desculpas aqui pela pausa forçada de alguns dias, mas a verdade é que me perdi entre a vontade de escrever sobre a minha tendência a ignorar tudo o que está escrito entre parênteses (pois...) e a minha adoração por viajar de carro sozinha, só eu e o som dos pneus a rolar na estrada, e a bela da musiquinha no rádio, só eu e o nada, porque enquanto ando de carro penso mesmo em nada. E depois houve o trabalho excessivo, e pior que tudo, uma (puta...) de uma dor nos meio das costas que me teria certamente deixado paralisada se não tivesse tido mesmo que me mexer com ela ou não. Pois, eu sei, bué foleiro... E reparem que resolvi usar a expressão "bué", porque a) infelizmente já se encontra no dicionário da língua portuguesa; e b) recuso-me pura e simplesmente a soar erudita e acredito que empregar a palavra "bué" de vez em quando parece-me meio caminho andado para lá chegar. Feitas as desculpas (que são sempre uma boa merda, que nunca se devem fazer, e que na realidade não fazem sentido nenhum porque não me sinto mesmo nada culpada...) até daqui a um ou dois dias, boa gente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Premonition

Esta é, porque alguma razão que desconheço, a minha passagem favorita de todos os tempos:
 
"Stephen made no reply: he pushed his horse on faster and faster over the bare down, sitting forward with a set, urgent expression on his face, as though he were making an escape; and so they cantered and galloped over the firm turf until they came to the brow of Portsdown Hill, where Stephen reined in for the steep descent. They stood for a while, surrounded by the smell of hot horse and leather, looking down at the vast sweep of the harbour, Spithead, the Island, and the Channel beyond: men-of-war at their moorings, men-of-war moving in and out, a huge convoy tiding it down off Selsey Bill.
They smiled at one another, and Jack had a premonition that Stephen was about to say something of great importance: a false premonition. Stephen spoke only to remind him that Sophie had desired them to pick up some fish at Holland's, and to add three dabs for the children."
 
Patrick O'Brian, Desolation Island